Cazuza, Um conservador!

     Nessa música em especial, mas também em muitas outras Cazuza faz duras criticas a ideologias, a visões abstratas de mundo, a pessoas cheias de vontade de fazer uma dita revolução, mas que faziam disso um meio de vida luxuosa. Pessoas que se sentem grandes apóstolos de uma mensagem falida de mudança de mundo para os outros, mas nunca para si mesmo. Eu não sou profundo em Cazuza, não conheço suas músicas e todas as suas opiniões pessoais, mas nessa música ele traduz o que um conservador é: críticos de fórmulas salvadoras, de ideologias, e de idealismos.
     Uma dúvida que fica na mente de muitos é sobre a questão moral de Cazuza e suas opções de vida sexual/ pessoal. Ora ele jamais usou desse expediente para viver, nunca procurou impor isso a outros via escolas publicas e supostas educações sexuais, não reuniu nenhum exercito em prol de uma causa qualquer que seja. Isso são cacoetes de conservador na moda britânica e americana. Podem haver visões abstratas de mundo e ideologias vindas da Direita e da Esquerda, e a crítica de Cazuza é atual e serve para ambos.



Os "progressivistas" sequestram o cazuza como um anticonservador.

'A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas ideias não correspondem aos fatos
O tempo não pára" 

Síndrome de Benjamin Button: jovens "velhos" na igreja!


   A nossa época está sendo marcada de um lado pelos que advogam o abandono total de antigas formas, e os que abraçam totalmente novas maneiras de ser igreja em que não queiram ter ligação alguma com o passado, apesar de serem ortodoxos quanto ao conteúdo. Nesse pequeno Texto gostaria de Analisar o fenômeno muito comum em jovens reformados, que é o culto ao tradicionalismo/clericalismo, também podendo se chamar de denominacionalismo. Quero tentar refletir sobre as possíveis causas de se viver assim, amando as coisas antigas, sem nunca tê-las vivida, uma saudade daquilo que ninguém conhece, um idealismo do passado, um saudosismo, também gostaria de brevemente tratar das consequências disso no ser e no viver da igreja.
    Eu pessoalmente sou um amante das coisas clássicas, acredito que podemos e devemos aprender com o passado, com o legado, o exemplo de pessoas, com a fé sincera que muitos tiveram, mas as formas mudam, e essas são sim sujeitas ao tempo, e os jovens não tem compreendido aquilo que se deve manter para o bem da igreja, e as coisas que sofrem alterações culturais também para o bem da igreja. As pessoas de antes não existem mais, só existem as de hoje, nós mesmos por mais que tentemos viver aquela vida idealizada não conseguiremos e cairemos na obsolescência do debate com a cultura, de forma que ela possa ler e entender uma mensagem de verdade nesse tempo de tanta liquidez e superficialidade.
   Por exemplo sou um admirador da vida e obra dos Puritanos,  tento imitar o zelo pela verdade, a busca por uma vida ética agradável a Deus, uma disciplina, uma fé simples, porém bastante eficaz. Muito do que somos devemos aos irmãos puritanos e seus tão belos escritos. Contudo acredito que é um desserviço a eles mesmos, tentar copiar a linguagem, e aplicar estritamente as mesmas coisas que eles em um contexto totalmente diferente, a moral deles era diferenciada, assim como a nossa.
   Sou participante de uma igreja reformada missional e tentamos cotidianamente dialogar em alto nível com a cultura, sem abrir mão de qualquer verdade fundamental do cristianismo. Nossos Cultos são mais dinâmicos, nossa linguagem é mais usual e atual, nossa forma de administrar não envolver excesso de agenda e de cargos, temos todo um colorido diferente, para facilitar em q os visitantes venham e não precisem entrar na máquina do tempo e voltar ao século 16, e sim aprender o Reino de Deus da maneira que ele possa entender. Entendo que há igrejas que acabam passando na conta com o papo de ser "dialogal", mas não podemos por conta disso deixa de refletir sobre a necessidade disso, não podemos cair no pecado de nos fecharmos em si mesmos e nos tornamos uma espécie de "Quackers" do Século 21 (se não souber o que é Quacker joga no google). 
   Fico Triste de ver jovens de 19 anos, cheio de boas ideias se perderem no clericalismo, no classicismo, no tradicionalismo vão, fazendo o que Paulo chamaria de "culto de relíquias", transformando o anuncio do evangelho e uma "boa velha" e não em uma "boa nova". A minha previsão para essas pessoas não é das melhores, suas vidas serão áridas, secas, fechadas, infrutíferas, tudo em troca de uma visão mal orientada das coisas. Que possamos pensar melhor nessas coisas, e viver o evangelho do reino sem qualquer acessório com prazo de validade vencido.

Sabedoria de Deus ou Intelectualismo mundano?

Nesse mundo pós-moderno há alguns conceitos de sabedoria, ela chega a ser confundida com o intelectualismo, e como estamos na era da informação, onde as pessoas tem acesso a saberem um pouco de tudo, minam por todos os lados ditos sábios, pessoas que entendem sobre tudo. Trazendo pro contexto do Cristianismo mesmo com tantos “sábios” entre nós a situação da igreja tem permanecido na mesma, me arriscaria a dizer em uma nova Era das Trevas, por mais que haja informações, mesmo com o avanço do interesse teológico, há uma nuvem escura de praticas que manifestem o Reino de Deus. Pela situação atual é clara a inutilidade dessa sabedoria confundida com inteligência. A inteligência é a capacidade de aprender, compreender facilmente as coisas, já a sabedoria é como se aplica seu conhecimento de forma sensata, Aí encontramos o problema, pois é, dificultoso colocar toda a informação em prática, e mais difícil ainda é quando no cristianismo encontramos os famosos sabichões, aqueles que alardeiam uma falsa sabedoria acerca das coisas de Deus, quando na verdade o que se tem é sabedoria mundana. Em Tiago 3:15 nos diz que a sabedoria que produz arrogância, sentimento faccioso, ela é terrena, animal e demoníaca, terrena por não ser produzida por Deus, animal por que é sem entendimento, uma estultícia inata, demoníaco por ser ferramenta do inimigo para o não avanço do Evangelho. Essa tríade de Carne, mundo e o Diabo mostra-nos como essa sabedoria é um desserviço ao reino de Deus. Mas mesmo em meio esse caos de intelectualismo mundano o Senhor nos chama em sua palavra para receber sua sabedoria, Se algum de vos necessita de sabedoria peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente... Tiago 1:5. É dessa sabedoria que nós como igreja precisamos, pois a sabedoria que vem do alto é pura, pura por não se contaminar ou diluir, ela é pacifica por produz paz e ensinamentos claros, ela é indulgente por está disposta a perdoar, ela é tratável por estar aberta a ser corrigida por Deus em sua palavra, ela é plena de misericórdia e bons frutos por expressar em amor e produzir ensinamentos eternos, imparcial e sem fingimento, Tiago 3:17. Essa sabedoria do alto é que nos fará tomar decisões e fazer aplicações pessoais a luz das Escrituras, assim manifestando o nosso caráter cristão pra glória de Deus e testemunhando aos incrédulos. A verdadeira sabedoria nos levar a centralizar Cristo em nossas vidas, a sabedoria que Deus nos concede nos revela quem Cristo é, e em que lugar devemos O colocar em nossas vidas, só a sabedoria que vem de Deus pode transformar o nosso coração, a sabedoria que emana de dentro pra fora e que revela a graça regeneradora de Cristo. Um apelo aos jovens amantes do conhecimento que faço, busquem a sabedoria que vem de Deus, pois ela produzirá frutos de justiça e misericórdia, nunca vamos saber de tudo, nós conhecemos em parte, mais um dia conheceremos por um todo, e nessa esperança caminhamos humildemente a aprender com o nosso mestre, pois Dele vem toda sabedoria. Com graça, Patrícia Alves.